Como qualquer criança sempre gostei de brincar, pular, cantar, rir e estar com amiguinhos, mas sobretudo era muito bom ficar sentada no chão do meu quarto copiando todos os desenhos de que gostava. Adorava sentar-me ao lado de um vizinho para ver surgir de seus riscos lindos desenhos. Nem sempre ele usava referência... era como se o lápis pudesse ver o que havia em sua mente. Isso me fascinava. Ficava encantada, e ainda fico, ao ver pessoas desenhando....nos trens, metrôs e pracinhas. Durante o período escolar aguardava ansiosa pelas aulas de artes. Receber, com o material novo, os lápis de cor, canetinhas e giz de cera era um momento único. Os anos se passaram e o interesse pelo desenho ficou adormecido, mas sempre ficava atenta quando o assunto surgia. Quando adulta decidi retomar essa paixão e, após indicação de uma grande amiga, fiz minha matrícula na Oficina Cultural Alfredo Volpi para o curso de Iniciação ao Desenho e não parei mais. Logo me formei em Artes Visuais. Com o término da faculdade abri mão das técnicas que nela conheci optando por seguir apenas com o desenho. Hoje percebo que em cada traço que faço fica um pouco de mim, da minha história e da maneira como vejo o mundo, seja no traçado duro e cinza dos dias nublados e frios, seja no traçado leve e de tons pastéis dos dias de paz ou ainda nas cores vibrantes que me exige os dias mais ensolarados.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Chapéu, técnica nanquim aguado


Esse acabou de sair do forno. Tentativa de trabalhar com nanquim aguado. O papel foi sulfite A3 porque não tenho grandona assim para técnica molhada. Usei pincel pelo de Marta, comprei faz um tempão e nem tinha experimentado ainda. Aliás, nem sei se é próprio para nanquim. 
Material: nanquim "japonês" e sulfite A3.

Aula de modelo vivo de segunda (28/10/13)...\o/







Sai do trabalho às 16:50 e fui correndo para a escola. Como cheguei muito cedo (ansiosa...) resolvi parar numa lanchonete bem aconchegante e moderninha para comer umas batatinhas fritas e tomar água com gás até a hora da aula. 


Como a ansiedade já tomava conta não resisti ao ver uma cadeira...rs Ando num momento de desenhar cadeiras...rs explico depois. 

Eu realmente gostaria de saber como esses desenhistas conseguem captar e desenhar imagens tão rápido. Eu tentei ser ligeira, mas infelizmente minha rapidez não foi o suficiente e logo sentaram na cadeira :( . Apesar disso o desenho saiu legalzinho. Gostei do resultado. Assim que finalizar eu posto aqui, por enquanto se contente com o rascunho mesmo.. #agrossa...rs,rs,rs

Depois segui para a escola e ao iniciarmos a aula me deparei com as famosas dificuldades...Fiquei me questionando: porque não consigo desenhar melhor esse braço? e essa perna? e essa panturrilha? como assim, não consigo desenhar a cabeça? De repente tudo parecia novo, como seu eu nunca tivesse desenhado.

Acho que a culpa era da modelo. 

Em comparação com as garatujas da semana retrasada as de segunda ficaram malzonas.  

Continuo encucada porque afinal de contas tudo é linha...não teria motivos para encontrar tanta dificuldade....

material: papel sulfite e lápis 2B faber castell 

Abs.

domingo, 27 de outubro de 2013

Aula de modelo vivo














 Depois que terminei a faculdade de Artes Visuais nunca mais fiz aulas de modelo vivo. Há umas duas semanas descobri uma escola de desenho que ainda tem essas aulas. E sinceramente é maravilhoso. Entro naquele estado em que pareço estar em outro lugar. Sem contar o fato de podermos entrar em contato com outros desenhistas. Infelizmente as aulas acontecem a cada 15 dias. Melhor isso do que nada.

Os desenhos acima são do primeiro dia de aula. São poses de: 30s, 1, 2, 3 e 4 minutos. Da um certo desespero por conta do tempo, mas dá resultados bem legais. Acredito que com o tempo e a prática eu consiga melhorar e captar mais detalhes.

É bom poder sair do trabalho e arejar a cabeça com aulas de modelo vivo. É um alívio e volto para casa renovada, mais calma e feliz.

Sim, feliz. Eu me sinto muito feliz quando estou no mundo do desenho...no mundo das artes...Pena não viver nesse mundo todo o meu tempo.

Material: papel sulfite e lápis faber castell 2B.

Abs

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Lousa de contact no ateliê



Depois de taaaaaaaaaaaaannnnto tempo sem postar nada trago minha última ideia: uma lousa na parede do ateliê feita de contact preto fosco \o/. Estou me sentindo a grafiteira, praticamente um Jean Michel Basquiat...rs. Pretendo fazer essa parede toda de lousa, mas com tinta. Como ainda preciso reformar o ateliê vou brincando com o contact mesmo. 
A ideia é exatamente a do grafite: o desenho não permanece para "sempre". Os muros são o suporte dos desenhos dos grafiteiros. Duram apenas um "instante". Quem viu, viu. Quem não viu, perdeu. E foi por observar esse suporte, o muro, que me inspirei para fazer o meu na parede do ateliê. Vamos ver que resultados isso trará.  
Até o próximo post. ;)