Como qualquer criança sempre gostei de brincar, pular, cantar, rir e estar com amiguinhos, mas sobretudo era muito bom ficar sentada no chão do meu quarto copiando todos os desenhos de que gostava. Adorava sentar-me ao lado de um vizinho para ver surgir de seus riscos lindos desenhos. Nem sempre ele usava referência... era como se o lápis pudesse ver o que havia em sua mente. Isso me fascinava. Ficava encantada, e ainda fico, ao ver pessoas desenhando....nos trens, metrôs e pracinhas. Durante o período escolar aguardava ansiosa pelas aulas de artes. Receber, com o material novo, os lápis de cor, canetinhas e giz de cera era um momento único. Os anos se passaram e o interesse pelo desenho ficou adormecido, mas sempre ficava atenta quando o assunto surgia. Quando adulta decidi retomar essa paixão e, após indicação de uma grande amiga, fiz minha matrícula na Oficina Cultural Alfredo Volpi para o curso de Iniciação ao Desenho e não parei mais. Logo me formei em Artes Visuais. Com o término da faculdade abri mão das técnicas que nela conheci optando por seguir apenas com o desenho. Hoje percebo que em cada traço que faço fica um pouco de mim, da minha história e da maneira como vejo o mundo, seja no traçado duro e cinza dos dias nublados e frios, seja no traçado leve e de tons pastéis dos dias de paz ou ainda nas cores vibrantes que me exige os dias mais ensolarados.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Desenho de observação: Técnica naquim aguado


Fiz esse desenho numa lanchonete enquanto aguardava dar o horário da aula de modelo vivo. Minha aula é a cada 15 dias e como chego cedo fico nessa lanchonete comendo fritas e claro, desenhando alguma coisa..rs

A lanchonete serve as fritas nesse cestinho. Ele é pequeno e super delicadinho. Fiz um rafe dele e em casa finalizei com nanquim. Aproveitei que ando empolgada com nanquim e arrisquei uma aguada. A aguada é engraçada porque você dilui, dilui, dilui, dilui e dilui o nanquim. Parece não ter fim. Vou fazendo testes numa folha a parte para ver se está no tom que espero.

Trabalhar com nanquim requer MUITO CUIDADO. Qualquer vacilo cai uma gota onde não deve :(. Para me prevenir aprendi a usar um papel em cima da parte do desenho que não estou trabalhando, assim posso apoiar a mão que também ajuda a não borrar o que já está com lápis. Menos sujeira, menos borracha.

Lembrei de uma dica que recebi de um professor há muitos anos atrás: depois de mergulhar o bico de pena no nanquim puro ou aguado dê algumas batidinhas bem leves em cima de um papel para retirar o excesso. Presta atenção porque é bem, bem de leve essas batidinhas, como se quase não encostasse no papel. Do contrário, se fizer forte você destrói sua ponta e já era seu bico de pena. Se não entendeu ou sei lá o quê, PORFA não tenta! Isso ajuda a evitar que uma gosta desabe e acabe com seu desenho.

Procurei usar o pincel bem rápido para não dar tempo do nanquim secar e ficar com manchas. Ainda não sei lidar com elas :(.

Fazer esse desenho foi super, super gostoso.

Gostei de conseguir fazer a sombrinha discreta, de usar o bico de pena, o pincel e tudo mais.

Material: papel canson para aquarela 300gr, lápis 2B Faber Castell, nanquim (chinês/japonês), pena de bico escolar e pincel pelo de marta.

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